sábado, 20 de abril de 2024

Jovens prodígios!

Flávio Bolsonaro e sua esposa compraram uma mansão de 5,9 milhões de reais.

Ela tem 1.000 metros quadrados e uma piscina bacanuda.
50% foi financiado pelo Banco de Brasília para pagar em 30 anos.
Informação confirmada pela CNN e revelada pelo site o Antagonista (aquela mídia que Jair Bolsonaro adorava compartilhar informações, mas que agora odeia).
Flávio é investigado no escândalo das rachadinhas – que é caracterizado pela devolução de parte dos vencimentos de servidores –, prática essa infelizmente comum nos gabinetes de parlamentares Brasil afora.
Fico pensando aqui que com salário de R$ 25 mil reais, como senador – e mesmo tendo uma franquia de negócios (desde 2015) – se os padrões se justificam.
Não, né?
R$ 25.000,00 X 12 meses = R$ 300.000,00.
Com 3 anos de mandato como senador teria juntado R$ 900.000,00 caso não tivesse mexido em nenhum recurso desde então.
Até mesmo somados a outros anos como deputado e o apoio da esposa na compra, essa conta não fecha.
Sem falar que trata-se de um parlamentar com sérios problemas na justiça há algum tempo.
Com tantas investigações e escândalos, ainda temos – completados recentemente – um ano ativo de pandemia.
Acredito que qualquer elevação patrimonial nestes moldes, num momento como esse, é minimamente imoral para qualquer político.
Não dá para tapar o sol com a peneira porque já vimos esse filme.
Você aí do outro lado – que já defendeu sítio em Atibaia, Triplex no Guarujá e palestras de R$ 400 mil – hoje está consternado, confere?
Vi gente aqui também que já repudiou esse padrão de vida megalomaníaco dos políticos e de seus filhos nos tempos pretéritos, mas hoje defende o “direito ao progresso” do primogênito do ‘mito”.
“Lula sabia de tudo e Bolsonaro não sabia de nada”.
“Lula não sabia de nada e Bolsonaro sabia de tudo”.
Seja lá o lado que você está, só sei que os pais destes filhos devem estar muito orgulhosos da evolução patrimonial dos mesmos.
Jovens prodígios que fala, né?
Um brinde com champanhe na piscina e sem aglomerações (apenas para os mais pobres).

Antonio Gelfusa Junior é publicitário e editor-chefe das publicações impressas e online do Grupo Raiz.

Confira outros editoriais como esse acessando o link.

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