sexta-feira, 29 de março de 2024

Governador concede entrevista exclusiva aos jornais de bairro

Educação, Saúde, Segurança, Transporte, manifestações, Habitação e o maior programa de requalificação urbana nas respostas à sociedade.

O Governador Geraldo Alckmin recebeu cerca de 31 diretores de jornais de bairro em uma entrevista, a qual focou os principais temas de áreas de interesse da sociedade.

Após uma pequena explanação sobre os jornais feita por Antonio Carlos Cimino presidente do Sindjorb, entrega de convite para evento, por Mauro Borges e apresentação dos diretores presentes, deu-se início a entrevista, iniciativa da Ajorleste, que contou também com a presença de assessores diretos da Secom e do secretário adjunto de Comunicação Márcio Aith.

Dando inicio a série de perguntas o diretor de comunicação da Ajorleste e Sindjorb enfatizou a realização e a importância do evento.

As obras do sistema viário de Itaquera, que abrigará a abertura da Copa do Mundo da Fifa de 2014 estão dentro do cronograma previsto e a Prefeitura está cumprindo com a parte que ficou definida junto ao Governo?

“Antes de responder a sua pergunta, gostaria de revelar a importância da posse do professor David Uip na Secretaria Estadual de Saúde e que trouxemos também para o Governo o Professor Ronaldo Laranjeira da UNIFESP.  Nós vamos priorizar o tratamento das pessoas com dependência química, seja álcool, seja drogas. Na região da Nova Luz vamos ter um  mini hospital, na Rua Helvetia, onde havia um prédio abandonado, na antiga Cracolândia, vamos ampliar o número de leitos e atendimento para dar mais oportunidade de tratamento. Também o Cartão Recomeço que é preciso esclarecer que ele não é para o dependente e sim para as entidades terapêuticas que promovem o tratamento. O Governo paga pelo período que o paciente fica em tratamento, refazer a vida. O Brasil é o maior consumidor de crack do mundo e o segundo maior consumidor de cocaína. O problema da droga tem caráter epidêmico e preciso uma mobilização de toda a sociedade, das famílias, das igrejas,  das escolas para ajudar.
Em relação à Zona Leste, queria dizer do nosso entusiasmo, nós temos investimentos históricos, expressivos. Não temos dinheiro público no estádio pois ele é privado. Nós temos investimentos públicos na região, mais especificamente no sistema viário. Obras no polo de Itaquera, no chamado mergulhão para tirar cruzamento na Radial, a ligação leste/oeste que passa por cima da Radial, do Trem e do Metrô. Um grande viaduto e uma grande passarela. O entroncamento da Radial Leste com a Jacu-Pêssego, com viadutos. O entorno do estádio, com novas avenidas, novo sistema viário ao custo de R$ 257 milhões. Todas obras dentro do cronograma. Já em dezembro entregaremos parte e o restante até março. Mais R$ 61,4 milhões da ligação Jacu-Pêssego, com alças de acesso e R$ 14,6 milhões da grande passarela. Um total de R$ 333 milhões só do Estado. Recursos Integralmente do Estado de São Paulo melhorando o sistema viário na região.”

Quando será inaugurada em FATEC em Itaquera?

“Em Itaquera, ao lado do estádio nós temos um complexo de ensino técnico e tecnológico. A FATEC não foi inaugurada, mas já está pronta e funcionando. A ETEC vai estar pronta em três meses, mais somente vai funcionar em agosto de 2014. O prédio da Etec será utilizado como apoio à abertura Copa do Mundo, ao Comitê Paulista.
Os cursos da FATEC de Itaquera são: Mecânica Industrial, Processo de Soldagem, Automação Industrial, Fabricação de Peças e Projeto de Mecânica que ainda será implantado. Quatro faculdades com curso de 3 anos.
A ETEC vai ter ensino médio integrado aos cursos técnicos. Projeto de Mecânica, Soldagem, Desenho de Construção Civil, Edificações, Projeto de Instalação Elétrica Predial, Tecnologia da Informação, Informática, Segurança no Trabalho e Enfermagem.

As Fábricas de Cultura. Qual a previsão de expansão na Cidade de São Paulo e outros municípios do interior?

“Nós já temos inauguradas quatro Fábricas de Cultura na Zona Leste: Vila Curuçá, Sapopemba, Itaim Paulista e Belém. Funcionando com escola, teatro, música, balé, circo, biblioteca, internet, dança, instrumentos musicais. Um trabalho muito bonito. A quinta que em breve vamos inaugurar vai ser na Cidade Tiradentes. Já está pronta. Com isso teremos somente na Zona Leste cinco Fábricas de Cultura, sem contar as outras nas regiões Norte e Sul”.

A saúde tem sido o calcanhar de Aquiles em todas as administrações. Como médico, o que tem a dizer sobre a importação de médicos?

“Em relação à Saúde nós temos na Zona Leste um conjunto de obras programadas. Primeiro, o novo Pronto Socorro do Hospital Santa Marcelina que vai estar pronto e funcionando em abril. R$ 7,5 milhões de investimentos do Governo do Estado. Reforma do Hospital Geral de São Mateus que vai estar pronto agora em novembro, R$ 8,7 milhões. Despachei como o Professor David Uip e pedi para que o primeiro hospital que ele vai visitar será o de São Mateus.  Nós vamos fazer uma grande contratação de médicos. Os hospitais que são administração direta são mais complicados para admitir pois tem de se fazer concursos. O outro é o Hospital de Sapopembinha, que as obras serão iniciadas agora e concluídas em março de 2014. Depois o ambulatório do Hospital Leonor Mendes de Barros, que vamos reformar, R$ 49,7 milhões de investimentos. O Cândido Fontoura, mais o AME da Zona Leste, Hospital Geral de Guaianases, do Itaim Paulista, de Sapopemba e o Centro de Referência do Idoso em São Miguel. Ao todo são 8 hospitais púbicos do Estado na Zona Leste, além do Hospital de Vila Alpina.
Quanto mais médico melhor.  A questão é que faltam médicos para o SUS. Para a iniciativa privada não. O grande problema da Saúde é o financiamento do SUS. Ninguém aguenta ganhar o valor pago que é muito baixo. Dez Reais é um valor ínfimo. Faltam algumas especialidades: intensivista, anestesista, ortopedista, pediatra. Vamos abrir as 50 AMES aos sábados para andar mais depressa as filas dos exames. Ressonância Magnética, Ultrassonografia, Mamografia, alguns podem fazer pequenas cirurgias. A partir do fim de setembro já vamos abrir.

Quanto aos investimentos da CDHU e a relação em unidades habitacionais na sua gestão?

“Em relação a CDHU, nós somos o único estado brasileiro, dos 27 que põe 1 por cento do ICMS para moradia.  Habitação de interesse social. São Paulo é único, dá R$ 1.2 bilhão por ano e cria uma carteira para subsídio. Casa para quem não tem casa. Nós já entregamos 400 mil moradias no Estado de São Paulo. Quem ganha um salário mínimo pode ter acesso pagando R$ 101,00 de prestação. Temos hoje 40 mil unidades em construção, o que gera muito emprego. Em média 3 empregos por unidade. Estamos com unidades em construção no Belém, Cangaíba, Iguatemi, José Bonifácio, dois conjuntos, Itaquera, Cidade Tiradentes e Ermelino Matarazzo. Nós criamos a chamada Casa Paulista onde o investimento é multiplicado. Com um bilhão a gente alavanca 4 bilhões de reais com  parceria com o Governo Federal no Programa Minha Casa Minha Vida na Cidade de São Paulo à fundo perdido para poder ter viabilidade do sistema na cidade por causa do custo do terreno que é alto. Assinamos aqui no Palácio dos Bandeirantes um convênio com a presidente Dilma para viabilizar Cem mil apartamentos com o programa Federal que é complementado com recursos do Estado com subsídios de R$ 20 mil por unidade. R$ 2 bilhões.
A novidade é que estamos terminando o edital para a construção de 20 mil apartamentos no chamado centro expandido. Pari, Braz, Mooca, Luz, Cambuci. São áreas que têm Trem, Metrô, perto do emprego, comércio, universidades, hospitais e que têm muitos galpões vazios e prédios vazios e terrenos abandonados. A maioria em prédios novos e alguns poucos reformados. A iniciativa privada faz e o Estado entra com subsídios. O maior programa de requalificação urbana.”

Os investimentos para o Metrô e CPTM tem a participação do Governo Federal, qual a porcentagem, ou somente é do Governo do Estado de São Paulo?

“O Brasil ultrapassou a casa de 201 milhões de habitantes. O Estado de São Paulo passou de 43 milhões de habitantes, sendo metade, 21,5 milhões, na região metropolitana, com 8 mil Km², segundo dados do IBGE. O problema de mobilidade urbana é questão prioritária. Nós somos a terceira região metropolitana do mundo é a de São Paulo. A primeira é Tóquio, segunda Nova Delli. A prioridade é transporte de alta capacidade sobre trilhos. Na Zona Leste temos a Linha 15, onde recentemente  estivemos juntos em Vila Prudente e Oratório. São 17 estações, 24,5 Km, com uma demanda prevista de 800 mil passageiros por dia, 5,5 bilhões de investimento e esperamos entregar agora em janeiro duas estações e o primeiro trecho. A estação de Vila Prudente e Oratório.
O Monotrilho vai por cima da avenida, evita muita desapropriação, elétrico, não polui, silencioso e tem boa capacidade. Cerca de 40  a 50 mil passageiros/hora. Cada trem tem sete carros e transporta mil passageiros, substituindo 15 ônibus das ruas. Não tem um centavo do Governo Federal. É tudo do Estado de São Paulo. O que tem são financiamentos, empréstimos, do BIRD, BNDS, Banco Mundial. Não é dinheiro orçamentário. Vamos entregando as estações até São Mateus e posteriormente Cidade Tiradentes.
A outra linha da CPTM é a 13, que vai até o Aeroporto de Cumbica. Vocês já estão convidados, começam as obras no dia 16 de setembro e deve estar pronta no final do ano que vem. Começa no Braz, passa por cima da Ayrton Senna, Rio Tietê e depois da Dutra até chegar ao aeroporto. Nós vamos ter os dois aeroportos ligados pelo sistema metro-ferroviário. O Aeroporto de Congonhas pela Linha 17 do Metrô, Monotrilho.
Também estamos modernizando todas as estações. Acabou de ser entregue a de São Miguel. É praticamente nova.
Vamos ter investimento federal na Linha 18, que sai de Tamanduateí e vai para São Bernardo do Campo. Esta deve ter recursos do PAC de R$ 400 milhões. A primeira. Todas as outras é somente com recursos do Estado.
Temos quatro Linhas em obras simultaneamente. A Linha 4 Amarela que já está funcionando, e vamos entregar mais 5 estações. Obras também na Linha 17, Linha 15 Monotrilho Tiradentes. Também a Linha 5 que sai de Santo Amaro e vai até a Chácara Klabin, são 11 estações. Vamos ter 6 tatuzões trabalhando ao mesmo tempo em São Paulo. Quatro obras de Metrô, e ainda mais três outras totalizando sete obras simultâneas que é recorde no mundo.”

A modernização da linha 3 vermelha do Metrô vai estar concluída até o início da Copa do Mundo e a Linha Verde até Tiquatira, tem previsão?

“A Linha 3 Vermelha, nós vamos ter 47 novos trens que serão entregues. Cada trem de Metrô tem seis carros. Com esses novos trens e o sistema eletrônico em pleno funcionamento deveremos alcançar o tempo para 90 segundos de intervalo na Linha 3 Vermelha e de 3 minutos de intervalo nos trens da CPTM. Com isso a superlotação deve diminuir sensivelmente.
Depois nós temos a Linha 2 que é Metrô, sai da Vila Prudente e vai até Tiquatira, Dutra e Guarulhos, com 13 estações. Está em fase de licitação. Expectativa de início no primeiro trimestre de 2014. Por isso que anunciei a ampliação da Linha 15 vai ganhar mais 2.3 Km indo até o Ipiranga para distribuir melhor os usuários.”

Milhares, até milhões de pessoas estão sendo constantemente prejudicadas por pequenos grupos de manifestantes que se acham no direito de interditar grandes avenidas, estradas e ruas. A sociedade está querendo uma atitude por parte do Governo pois a Constituição assegura o direito de ir e vir. O que o Governo de São Paulo pretende fazer para acabar com os abusos?

“Nós temos procurado garantir o direito de manifestação e até a segurança dos manifestantes. Por outro lado não se permite e não se permitirá o vandalismo e a depredação do patrimônio público ou patrimônio privado. A Polícia está orientada no sentido de aceitar a manifestação mas é preciso respeitar o direito das pessoas. Houve um bloqueio da Régis Bittencourt e por consequência do Rodoanel. Será que é aceitável bloquear uma rodovia de fluxo tão importante? Pessoas que têm compromisso ficarem prejudicadas. A gente tem procurado assegurar os direitos, tanto dos manifestantes quanto da sociedade, mas não aceitamos vandalismo nem depredação. Que manifestem mais sem prejudicar a outra parcela da população. Uma hora a Polícia é criticada e outra é cobrada. Acredito que estamos acertando.
Por falar em Rodoanel, vamos, em abril entregar o Rodoanel Leste, interligando a Ayrton Senna à parte Oeste e Sul.”

Saneamento: São Paulo está investindo em despoluição, tratamento de esgoto e de água. Qual o resultado atual dos investimentos? E a perspectiva a médio prazo?

“Em um artigo técnico, o Brasil no ritmo que vai, universaliza o saneamento com 100% de água tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado em 2122. São Paulo universaliza o saneamento  no interior em 2014, no litoral em 2016 e na região Metropolitana de São Paulo em 2019, nos municípios operados pela Sabesp. A primeira tarefa é garantir água. Somos 21 milhões de pessoas à 700 metros de altura, no Planalto de Piratininga. Estamos buscando água até em Minas Gerais. Fizemos a primeira PPP do país em Taiaçupeba, Alto Tietê, o que garantiu mais 4 metros cúbicos por segundo de água. Vamos passar a buscar água no Rio São Lourenço em Juquitiba através de PPP ao custo de R$ 2,2 bilhões, em quatro anos a água vai subir a serra e estar aqui integrada no sistema. A cidade de São Paulo não cresce mais tanto, mas o entorno continua crescendo. Água com qualidade. É só abrir a torneira. Coletar e tratar o esgoto, ampliando as estações de tratamento. A mancha de poluição retrocedeu 140 Km no Rio Tietê. Trabalhando para alcançar o objetivo. Combater a poluição do rio, conscientizando para que não se jogue lixo. Refazer o Parque do Tietê. Limpeza do Rio, ciclovia, áreas verdes, campo de futebol, quadras, áreas de lazer. A ciclovia vai ser paga com a economia do transporte do material assoreado que hoje é feito por barcaça.”

Projeto para o futuro. O senhor é candidato natural a reeleição em 2014. Dentro do contexto o que tem a falar à população. O que melhorou e o que vai melhorar com a sua permanência frente à administração do Estado de São Paulo?

“Eu sempre tenho dito o seguinte: eleição é em ano par, nós estamos em ano ímpar. Tem dois ansiosos: os políticos e as jornalistas. Não sou favorável a antecipar debate sucessório, primeiro porque o povo não está muito ligado e segundo porque encurta o governo. Agora o negócio é trabalhar, trabalhar, trabalhar. O ano que vem a gente discute o quadro político.

Sobre as manifestações em relação aos encapuzados e mascarados que se escondem para praticar quebradeiras?

“Eu acho que a gente tem de agir de maneira a separar movimentos legítimos que colaboram com o processo democrático. Meu pai gostava de lembrar, Santo Agostinho dizia: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem aos que os que me adulam porque me corrompem”. Então a crítica é importante, é balizadora. Uma coisa é manifestação, luta política, reivindicação e outra coisa é depredação, destruição de patrimônio público. A gente vai acompanhando esse processo. A Polícia está bem orientada para separar joio do trigo, garantir manifestações, evitar abusos e os excessos devem acabar”.

Sobre a denúncia de cartel em licitações do Metrô. O que o Governo está fazendo?

“É importante esclarecer isso. Nós temos hoje os grandes  investimentos no transporte  de trem e de metrô. Uma empresa multinacional vai ao CADE e faz um acordo de leniência. Revela que em 1998, depois de  licitações as empresas do setor se reuniram e fizeram um conluio para evitar disputa entre as mesmas. Cartel se tem no mundo inteiro. Agora mesmo se descobriu um sobre aviação de carga. No Brasil a gente está caminhando para oligopólios. Surgiu a denúncia, imediatamente a apuração através da Corregedoria Geral da Administração. Se isso realmente ocorreu, o Governo é vítima e foi prejudicado e as empresas vão ter de indenizar o Estado. Chamamos as empresas e a Siemens não compareceu. Conseguimos na Justiça o conteúdo do processo, pois o Estado é o maior interessado, criamos uma comissão da transparência com onze entidades da sociedade civil e vamos não só apurar, mas requerer na Justiça a reposição dos valores ao Estado. O Estado não é citado, apenas empresas do setor. Só que as outras negam. A Siemens já é ré confessa, vai ter de pagar, só falta definir o valor que deverá ser estipulado ao final do processo. Primeiro verdade absoluta, transparência total. Quero falar do nosso cuidado em licitações. O ano passado abrimos licitação para compra de 65 trens da CPTM. 520 vagões. Abrimos as propostas e achamos caro. Estava tudo certo, várias empresas. Anula tudo e abrimos nova concorrência internacional. Perdemos um ano. O preço caiu em 30% no custo de 35 trens e 22% no lote de 30 trens.  No mesmo tempo o Governo Federal, através da CBTU abriu concorrência para compra de trens em Porto Alegre e Belo Horizonte. Só São Paulo tem empresas de trem e Metrô. Um consórcio participou composto por CAF e Alston. Resultado: 90% Alston, 10% CAF, em Porto Alegre e  em Belo Horizonte 90% CAF e 10% Alston. Não tiveram nem o cuidado de mudar os números. Também no Rodoanel a concorrência pública internacional, 30% mais barato. Nós somos extremamente cuidadosos, transparência absoluta e se tiver agente público envolvido será rigorosamente punido”.

Educação: o que o Governo do Estado está fazendo de novo pela educação?

“O ensino infantil de zero a cinco anos é de responsabilidade das Prefeituras. Estamos pela primeira vez pondo dinheiro fazendo 1.000 (mil) creches em 645 municípios que aderiram. De 6 a 14 anos é a escola de tempo integral. Nós já implantamos mais de 100 escolas de tempo integral e o resultado é um espetáculo, onde os professores também trabalham em tempo integral com salário de 75% a mais. Se o professor ganha R$ 5 mil ele vai ganhar R$ 8,75 mil de salário. Nós estamos melhorando a auto estima dos alunos oferecendo o ensino médio junto com o ensino técnico. Estamos avançando na tecnologia da informação e oferecendo oportunidade a jovens que sejam monitores ganhando cerca de R$ 400 por mês.
A Escola da Família, que completou dez anos. Fizemos uma festa no Parque da Água Branca com 8 mil jovens para comemorar. Estamos aumentando para R$ 500. O Governo paga a mensalidade da faculdade e o jovem universitário fica como instrutor universitário aos finais de semana nas escolas. O Governo paga R$ 500 e a faculdade abre mão dos outros valores da mensalidade. É melhor receber R$ 500 por aluno do que nada. O aluno faz a faculdade de graça e presta serviço aos sábados ou aos domingos por 8 horas em escolas estaduais.
Ampliar as ETECs e FATEs. Acabamos de inaugurar a ETC dos Esportes na Vila Maria, formando técnicos em um ano e meio. A questão da progressão continuada: o aluno que faltar às aulas é reprovado todo ano. Se não falta, se ele vai à escola, porque ele não está aprendendo? Se a família tem recursos contrata professor particular. Não podemos punir uma criança e criar uma cultura do fracasso. A experiência mostra: isso é Paulo Freire, um dos maiores educadores, que a criança que repete não melhora, abandona os estudos. Se não falta, ele repete no fim do ciclo, mas dá um pouco de oportunidade para evitar a repetência. Nós fizemos reforço agora em julho. Fazemos reforço aos finais de semana. Vai também da participação dos pais que é muito importante”.

Saúde: O senhor sancionou Lei que estabelece salário de até R$ 14,7 mil para médicos no sistema de Saúde do Estado de São Paulo. O que melhorou após a entrada da Lei em vigor?

“Agora que vamos abrir os concursos, um grande pacote. Mas não temos dúvidas são dois aspectos: salário e a carreira. O profissional precisa vislumbrar o futuro. Quem não for trabalhar para o governo ele vai contribuir para o INSS e o teto de aposentadoria é de R$ 4,3 mil. No governo é integral. O plano de carreira de São Paulo está sendo implantado agora. O que se tem são algumas especialidades: anestesistas, ortopedistas, intensivistas, pediatras. O grande problema nosso é residência médica. Vamos fazer residência nesses setores, nessas áreas com maior falta, em um grande programa em hospitais universitários. O médico precisa fazer residência para aprender. Se tiver um médico ruim é pior do que não ter. Nós temos doença chamada iatrogênica, ocasionada por intervenção médica e falta de preparo de profissionais de saúde. Vamos fortalecer muito a residência e a saúde vai melhorar.

Sobre a terceirização do atendimento 190 da Polícia. Os atendentes serão treinados? O senhor acredita que eles terão discernimento e saber a importância de uma ligação e capacidade para orientar em casos de emergência imprescindíveis para salvar vidas?

“Nós queremos o policial na atividade fim, no policiamento ostensivo. Polícia na rua. Criamos o agente de vigilância penitenciária, substituímos a segurança de presídio e liberamos os 5 mil policiais militares para as ruas. Ninguém fugiu.
Escolta: Estamos lutando com o Tribunal de Justiça, com o poder judiciário para fazer vídeo conferência para evitar deslocamentos e custos quando das audiências. Vamos colocar também agentes de escolta da Secretaria de Administração Penitenciária.
A atividade do 190 está sendo estudado, ainda não está definido, mas eu vejo com bons olhos, porque uma equipe bem treinada só para fazer isso vai proporcionar um trabalho ótimo. O policial vai para a atividade de rua. No mundo inteiro, o policial que precisa ser um profissional muito bem treinado na atividade fim. Criamos o soldado temporário para serviços burocráticos, um jovem de 18 a 22 anos, que não anda armado. O objetivo é ter esses profissionais na atividade meio para liberar o policial para a atividade fim. Vamos inaugurar o novo COPOM agora.
Ao final da entrevista o secretário Márcio Aith agradeceu a presença de todos e fez uma explanação onde relatou que um diretor de jornal de circulação nacional o procurou para informar que devido a questões de modernidade estaria mudando a distribuição para gratuidade e distribuição seletiva em bairros, o que os jornais de bairro já faz isso há mais de 118 anos.

Entrevista: Ajorleste. Foto: Mauro Borges Filho.

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